segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Até o Fim

Recordei rapidamente de todas as pessoas que eu perdi por não me escutar, por sempre esconder e jamais demonstrar. De tudo que perdemos, de tudo que ainda vamos perder por orgulho, por causa desse maldito orgulho que me segue, me assombra, me entende tão bem. Que insiste em sussurrar que ele está sempre certo, que tem uma força quase manipuladora sobre eu. Fico desejando no mais profundo silêncio, nos becos da minha mente que são um enigma até pra quem vos fala. Entendo que ele sempre queira desistir, mas ás vezes seria bom insistir. Mudar. Cada célula, cada fio de cabelo conspirando pra que eu sempre escute ele e ignore qualquer tipo de sentimentalismo barato, falando assim parece exagero. Ele te leva a percorrer um longo caminho, ele tenta evitar a dor, ele me traz partidas. E quando a gente chega ao lugar desejado descobre que na verdade tudo que ele queria era na verdade nos mostrar o  gosto de não sentir nada, não sentir absolutamente nada. Não ser, apenas estar. E com o tempo a gente se acostuma e aprende a gostar de não sentir nada, o tempo nos faz esquecer do que nos trouxe até aqui. Até que nessas idas e vindas da vida alguém aparece, quase de repente, e assim de mansinho, sem deixar vestígios pra quem vê e muda completamente, totalmente a nossa vida. Muda tanto que nos ensina a deixar o orgulho de lado e apenas sentir.

(Pâmela Costa)

Um comentário:

  1. Isso é que é camuflagem.... que chegam as escondidas e mudam todo o sentido da vida... talvez seja um alguém... mas talvez também seja um sentimento através desse alguém!
    Lindo texto =D
    http://lacosderendasc.blogspot.com/
    Boa semana

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