domingo, 29 de janeiro de 2012

Me Apegando Aos Detalhes

São exatamente 02:00hrs da manhã, e em meio há tantos pensamentos, palavras em mim, faço deste primeiro post um esboço de mim. Sempre fui péssima em descrever a mim mesma, sempre preferi ficar observando, escrever sobre os outros, mas me descrever é como se eu não me reconhecesse, me colocarei então na posição de observadora, de mim. Eu não gosto de muita coisa (é mais fácil falar das coisas que eu não gosto), não gosto de quem cria intimidade se não existe, não gosto de pessoas grudentas e legais o tempo todo. Penso que todo mundo precisa mostrar seu lado depressivo, nem que seja lá de vez em quando, pessoas  100% felizes não me passam segurança alguma.
Ta escuro lá fora, e eu perdi as contas de quantas vezes eu preferi ficar aqui, sozinha. Só eu e minha mente, ao sair. E eu sou assim, se eu não gosto é pra valer mesmo. E se eu gosto eu posso não gostar facilmente e ai é irreversível. Tenho uma capacidade de enjoar das pessoas admirável, enjoô até do que não deveria. Não sei discutir um assunto sério sem interrompe-lo com alguma piada. Sou antipática sem querer, demoro muitos anos pra confiar em alguém, e quando consigo confiar em alguém sempre fico com aquele pé atrás e acabo guardando meus monstros só pra mim. 
Tenho 15 anos, e queria ter mais. A gente tem essa obsessão por querer coisas que não podemos ter não é? É sempre assim, mas eu passei a gostar do que eu não posso ter, do que está distante, nos passa um sofrimento daqueles que é tão bom sentir, sentir algo queimando dentro de si e não poder fazer nada além de se perder em alguns livros. Soa estranho mas eu sempre gostei dessa cordial capacidade minha de gostar tanto do silêncio, gosto até de sofrer em silêncio.

(Pâmela Costa)

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